Marlene precisou interromper seu isolamento pra socorrer a vizinha amiga, Emoacyl. Convivem há décadas, são comadres. Uma sabe mais da outra que qualquer pessoa da família. Parece que uma é a familiar mais próxima da outra. A amiga conta que encontrou Emoacyl caída com muito sangue à volta, toda suja e malcheirosa. Chamou a ambulância. Eles ligaram pra Patrulha Maria da Penha, da Brigada Militar. Emoacyl acordou com uma luz branca forte nos olhos. Custou a entender onde estava. Rostos desconhecidos, só os olhos de fora das máscaras a olhavam com uma expressão de cansaço. Ela também sentia grande exaustão, uma dor na cabeça e na boca do estômago, começou a lembrar um embrulho de coisas, tudo emaranhado. Diz que durante o jantar, Hermógenes jogou comida na parede pois teria achado tudo ruim. Ela correu pro banheiro com a mão na boca, em golfadas toda a janta foi devolvida. Ele entrou atrás e xingando socava sua cabeça dentro do vaso, ela resistia. Com força ele a empurrou e bateu-lh...