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LINGUAGEM ONÍRICA

Linguagem Onírica O encontro acontece na audiência de divórcio. O ex parece uma pessoa cordata e gentil, aceita os termos, quer me ajudar. Dirige meu carro até um local onde ficamos fraternalmente. Anuncia sua transformação em pessoa de bem. Finalmente eu poderia retirar os pertences abandonados na fuga. Alguns objetos de valor sentimental que não tive tempo de pegar quando saí de casa naquele 11 de setembro. Deixei o caixotinho de madeira centenário confeccionado por meu avô e padrinho. Também a tela pintada por minha irmã. Ficou um recipiente de argila usado por minha mãe e pai pra armazenar água fresca no início da vida em comum. Um alguidar presenteado por minha avó, um símbolo reikiano que minha mana me deu, dentre outros ficaram extraviados no medo. Chegando ao local do pernoite, a criatura mostra sua verdadeira imagem, a máscara de cordeiro cai. A ladainha de acusações só cede lugar às ameaças. E eu, outra vez, acreditei na versão do "bom moço". Meu inconsciente me conta, através de linguagem onírica, a verdade que não apreendi desde o início do relacionamento. Aquela pessoa sempre usou a mesma estratégia pra me capturar em sua teia, mostrava um lado ensolarado, solícito, generoso, solidário. Logo que eu "baixava a guarda" ele mostrava a sombra e sua maldade, vingança, reprovação, preconceito. Ufa!

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