Na primeira noite, 15 minutos depois das dez, há pouco movimento na avenida. Uma figura feminina jovem caminha com pressa, uma mochila às costas. Dobra a esquina e, feito um felino, transpõe o tapume de lata que delimita o local, onde até pouco tempo havia uma casa. Tão logo entra, se dirige ao fundo do pátio, onde o escuro a torna invisível. Caso houvesse chegado à janela um pouco antes, talvez visse um monstro a perseguindo. Seu dormitório seria ali? Passei algumas vezes na casa implodida e vi que o tapume mostra sinais de esgarçamento, indicando que está sendo transposto por um corpo mais pesado do que gatos comuns. Durante o dia a moça fica invisível. Na segunda noite, a mesma cena se repete. Na terceira noite, não aparece. O monstro venceu o duelo.